“PARA MIM, POESIA NÃO É INVASÃO OU FUGA, MAS SIM LIBERDADE CRIADORA,
LUGAR INTEMPORAL DE TODAS AS POSSIBILIDADES. PODE E DEVE SUBVERTER, SUBLIMAR,
EXALTAR E DESPERTAR…
A POESIA É REFLEXÃO, É UM UNIVERSO SEM FIM.”
— Arminda Lopes


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A Esmo - Por João Batista Silva

Eu caminhava por um caminho,
Num campo completamente só,
E nessa errante caminhada,
Distraído, eu não pensava em nada,
Apenas ia, indo sozinho,
Solitário, e pisando o pó...
Mas, de repente numa barranca,
Eu vi uma linda e pequenina flor,
Que tinha o brilho de uma estrela,
E o que a fazia ainda mais bela,
Era sua vestimenta branca,
Que realçava todo o seu alvor,

Tão grande era a sua beleza,
Que de colhê-la tive desejo,
Mas, me pareceu ouvi-la dizer,
Se murchinha não me deseja ver,
E nem que eu morra de tristeza,
Afasta de mim esse lampejo...
E como um médium auditivo,
Ouvi o suplicante apelo,
Da meiga e branca florezinha,
Que me dizia é assim que vivo,
Sozinha, e sem ter nenhum zelo,
Mais feliz é você que caminha...
Tocado poupei-a do martírio,
Ao ver que flor também padece,
E pensativo comigo mesmo,
Embora, caminhasse a esmo,
Senti a dor da flor de lírio,
A dor que, só quem é só, conhece!

A Esmo - Por João Batista Silva

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